domingo, 9 de novembro de 2008


História Geral


A Somália era conhecida como a Terra de Punt (terra de Deus) nos antigos escritos egípcios. É conhecida como a terra da mirra e do incenso bíblicos, e foi dali que se originaram, provavelmente, os gafanhotos que invadiram o Egito no tempo de José.
Os somalis são uma mistura de povos
africanos e asiáticos, através dos séculos foram formando uma confederação de clãs bastante unidos, onde se desenvolveram enclaves comerciais e sultanatos árabes.
No
século XIX, após acordos e tratados com os sultões, Itália e Reino Unido dividem o país. Os ingleses ficam com o noroeste e os italianos com o leste e o sul.
Entre
1901 e 1920, somalis liderados por Mohamed bin Abdallah Hasan (o Sábio Louco) fazem a guerra santa contra a presença britânica.
Entre
1940 e 1941, durante a Segunda Guerra Mundial, a Itália invade e ocupa a Somália Britânica, porém, os ingleses consegue expulsar os italianos e acabam ocupando a Somália Italiana.
No período de
1947 a 1950, a Itália renuncia aos seus direitos coloniais e recebe da ONU um mandato de dez anos para preparar a independência da antiga possessão.
Em
1960, a Somalilândia Britânica e a Somália Italiana se unem para formar a República da Somália.
Em
15 de outubro de 1969, o presidente Abdirashid Ali Shermarke, no cargo desde 10 de junho de 1967, é assassinado por um agente policial. O exército apoiado pela polícia, toma o poder com Siad Barre assumindo a presidência. Em 1970, o governo sufoca uma tentativa contra-revolucionária. Em 1971, nova conspiração para derrubar o governo termina com a prisão de vários civis e militares, além de dois membros do Supremo Conselho Revolucionário.
A
Guerra Civil Somali, embora intermitente, tem sido uma constante desde 1977. Em 1991, a região norte do país declarou a sua independência (Somalilândia), apesar da sua relativa estabilidade, em comparação com a tumultuosa região sul, não foi reconhecida como estado independente por nenhum governo estrangeiro.
Em
1993 iniciou-se, primeiramente no sul, uma acção humanitária da ONU que conseguiu diminuir a fome no país, contudo, a ONU acabou por retirar-se a 3 de Março de 1995, depois de ter sofrido baixas significativas.
Em
1998 registraram-se mais duas cisões no país, e uma quarta em 1999, todas elas de contornos pouco claros. A última cisão conduziu à autonomia da Southwestern Somalia (em português significa Somália do Sudoeste, contudo dada a situação pouco clara no que concerne às fronteiras da Somália há que ponderar um pouco antes de atribuir este título).
A
26 de Dezembro de 2004, uma das catástrofes naturais mais devastadoras da história contemporânea, o tsunami que varreu os países do Sudoeste Asiático, também afectou a Somália, destruindo povoações e segundo as estimativas, causando a morte a cerca de 300 pessoas.
Com a inexistência na prática de um governo central, a Somália persiste imersa em uma guerra civil. Em
junho de 2006, milícias islâmicas - que formam a União de Tribunais Islâmicos (UTI) - tomaram grande parte da capital somali. A UTI controla outro territórios no país e impôs a lei islâmica nestas zonas. Em junho, o governo somali de transição e a UTI assinaram um acordo de reconhecimento mútuo. Um mês depois, um dos últimos focos de resistência dos senhores da guerra foi derrotado, após dois dias de batalha que deixou 140 mortos e 150 feridos.

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